Cuidado! acenda a luz, e olhe para o espelho. Se estiver em seu banheiro molhe o rosto mas não enxugue. Grite silenciosamente, sei que sabe fazer, teve vezes que me ensinou. Volte para cama, faça uma prece mesmo sem acreditar, porque mentiras às vezes se tornam verdades, foi o que me contaram por aí. Quando adormecer então estará acabado, quando adormecer não espere por anjos do outro lado. Te espero no mesmo lugar de sempre, pra gente bater um velho papo e desfrutar do tempo, quer dizer, que tempo? Me engano, porque penso que aqui tudo é como antes, que aqui, nós somos gente comum, que aqui somos o que achávamos que era aí, eu me engano. Cuidado! Já pode virar o retrato e apagar a luz.
sábado, 26 de julho de 2014
sábado, 19 de julho de 2014
Capítulo 1
Muitas árvores, o céu acinzentado como se nunca tivesse existido o azul, e Dylan se viu ali, sozinho no meio de uma floresta. Estava descalço e com o braço direito ferido. Estava desesperado e não sabia para que lado deveria ir já que estava perdido, mas ele começa a correr e correr... sua vista começa a ficar turva e sente sua boca amargar, até que seus olhos não conseguem enxergar mais nada, e seu corpo vem ao chão.
--- Dylan! Ei! Acorda, cara.
Tudo bem contigo? Está pálido e ensopado de suor.
--- Por que resolveu dormir na aula?
--- Eu não sei Oliver, acho que a aula estava boa demais. Tive um pesadelo nesse curto período de sonolência.
--- Percebe-se. Vê se não dorme de novo, é que a senhora Leslie não vai querer saber de suas crises de insônia.
--- Sério que é Leslie? Puxa, belo nome para uma mulher.
--- Ué, achei que tivesse conhecido ela.
--- O quê, acha que deu tempo?
Estou aqui há duas horas. Mas olha só, quando a gente largar, acho que não vai dar para sair hoje, tenho que ajudar lá em casa porque com a mudança, a bagunça é como uma rainha dominando o meu lar.
--- Ah cara, eu ia te apresentar à galera, mas beleza, a gente se ver outra hora. Tem meu número, é só ligar.
--- Beleza Oly, eu te ligo sim. Rapaz, depois desse pesadelo eu fiquei meio pensativo, é que parecia tão real. O céu estava muito cinza e eu estava numa floresta sozinho e ferido, sabe?
--- Cara, é pesadelo, eles parecem reais, relaxa que com certeza o nosso céu não vai virar lavas de vulcão. Pelo menos não é o que parece.
Algumas horas mais tarde, Dylan está de volta em sua nova casa. Na verdade, ele não queria sair com o Oliver, nem conhecer ninguém, estava cansado e queria assistir um pouco de Tv e depois cair na cama.
Enquanto jantava, comentou com sua mãe o pesadelo que teve no primeiro dia de aula na nova escola.
--- Mãe, eu me senti tão estranho depois do pesadelo, e pra falar a verdade eu nem sei como fui adormecer ali, porque o barulho era enorme.
--- Dylan, é normal sentir medo, porque é tudo novo, você saiu da sua zona de conforto e isso fez com que tivesse medo, criando monstros no seu subconsciente. Mas com o tempo vai se acostumar.
--- Talvez tenha razão mãe, acho que essas novidades estão me apavorando. Eu vou me deitar tá legal? A senhora sabe o quanto fico impressionado com tudo.
--- Tudo bem, Deus te abençoe. Tenha uma boa noite e para de pensar demais sobre tudo, isso vai acabar te deixando maluco menino.
--- Tá certo, boa noite mãe.
O relógio marca19h40 quando Dylan vai para o seu quarto. Ele assiste um pouco de Dr House, série da qual é muito fã, ele gosta de todos os seriados médicos, mas House, ele faz do seu quarto um altar, com pôsters por toda a parede, livros baseados na série, ele o venera... até pensa em fazer uma tatuagem em sua homenagem. Os episódios foram passando e passando... até que Dylan cai no sono. O celular está no chão, em cima de uma de suas sandálias, ele tem mania de fazer isso sempre que vai dormir.
Dylan abre os olhos, e fixamente observa o teto do seu quarto, branco como nuvens. Põe os pés no chão gelado, e vai lentamente até a Tv para desligá-la porque já tinha sido exibidos todos os episódios do Dvd de House. Ele volta até a cama, se abaixa e pega o celular que está em cima da sandália. Aperta em uma tecla e olha a hora, nesse momento ele se assusta, parece não acreditar no que vê, o relógio do celular marca exatamente 19h40.
--- Mas como? Quando vim deitar, era exatamente 19h40. A hora não passou ou eu não dormi, que loucura. Bom, vou olhar no relógio da parede.
Enquanto caminha até a sala, Dylan pensa com ele mesmo que o relógio poderia estar errado, o do celular. Poderia ser coincidência estar marcando o mesmo horário.
Ao chegar na sala, vai tateando e encontra o interruptor. Aperta, e quando a luz se acende, ele põe as mãos no rosto porque a claridade é intensa. Como ele estava no breu total... é que na casa de Dylan, todos estão acostumados à dormir no escuro, só fica acesa a luz do banheiro e olhe lá. Ele deixa passar o efeito da escuridão contra a luz e olha para o relógio da sala que marca 19h42.
--- Ué, parece que a hora está correta, mas então quer dizer que não dormi, ou pensei que dormi. Um barulho estridente é ouvido e vem da rua. Dylan corre até a janela e percebe uma figura esguia na parede da casa vizinha. Ele se assusta e rapidamente corre para o seu quarto deixando a luz da sala acesa. A mãe de Dylan se acorda e vai até a sala, desliga a luz e vai até o quarto de Dele.
---Dylan,o que foi? Porquê foi até a sala e não apagou a luz? Foi você que fez o barulho que ouvi agora a pouco?
---Mãe, eu vi uma coisa esquisita agora. Eu fui até a sala olhar a hora, e quando cheguei lá, ouvi um barulho e fui até a janela e tinha algo rastejando na parede da casa do lado...
--- Outro pesadelo? Porquê foi olhar a hora, tem compromisso? Não sabia que estava trabalhando como vigia, porque já são 2h, Dylan.
--- O quê? Como assim, 2h? Eu vi no relógio da sala e estava marcando 19h42 eu acordei exatamente na hora em que fui me deitar depois do jantar, eu olhei no celular e era 19h40, foi quando fui até a sala para confirmar.
---Olha, está cansado e precisa dormir, pare com isso, foi mais um pesadelo. Eu já falei pra você que tem que parar de se preocupar demais, de pensar demais, pare com isso e vai ficar tudo mais tranquilo.
---Mas mãe...
---Olha, vá dormir, amanhã falamos sobre isso, tá bem?
---Tá legal. Mas mãe, tem que acreditar em mim. Ou isso aconteceu, ou estou ficando maluco.
--- Amanhã falamos sobre isso, Dylan, eu já falei. Boa noite.
---Boa noite mãe.
Dylan se deita mas prefere não fechar os olhos, não quer ter outro pesadelo, ou será realidade? Será que ele está ficando paranóico?
...
O começo
Vou começar escrevendo alguma estória, e se conseguir concretizar vou dar pulos de alegria. (Dayvisson)
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Se a minha visão escurecer, me traga um pouco dos velhos desejos. Se eu não puder mais fazer isso, se não puder ser o homem que eu sonhei em me tornar um dia, me construa se conseguir. Faz muito tempo que os castelos desabaram, que não há trégua nas batalhas, e você sabe disso, sabe que o caminho se estreitou. Não quero dizer com isso que, não haja vontade, mas acho que só restou vontade mesmo, e nada mais. Veja bem, se minha visão escurecer, me traga um pouco dos velhos desejos e eu serei um homem realizado.
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Não tenha medo
Quando você faz algo de bom, eles nem reparam, porque acham que é obrigação. Mas se você tropeça, se pisa em falso, eles riem de você, te chamam de fraco e dizem pra sermos fortes e dar a volta por cima. Você não tem o direito de andar no meio fio, querem perfeição, mas esquecem que a vida, no geral nunca foi e não será perfeita. Fazer o melhor é a melhor coisa, mas quando estiver no seu limite, admita. Não tenha medo de ser humano. Ser humano também é demonstrar que você erra e aprende a consertá-los. Não tenha medo de dizer que tem medo, isso não faz de você um perdedor.