quinta-feira, 13 de março de 2014

Meu velho eu

Tá meio escuro aqui. Digo, não no mundo. Tá escuro aqui, dentro de mim. Não tem nenhum tipo de luz, vela, lâmpada, fogo, um vagalume. Nada. Tem um menino! É, um menino tímido e chorão que não conhece o pecado de conhecer. Esse menino, talvez, seja a luz que não pude encontrar em canto algum. Talvez, ele seja a chave do portal da esperança. Uma lágrima pura, derramada de um menino inocente, através de um pedido verdadeiro, pode me trazer de volta a luz, e à luz? Eu tenho mesmo andado no escuro, é perigoso não enxergar nada ao redor. Corro o risco de cair em um abismo e não ter nenhuma escada pra voltar. Preciso de ajuda, preciso da minha melhor parte, o menino inocente, o menino que não entende, que não sabe o que é viver na escuridão. Tenho vivido dias sombrios, mas acho que preciso acreditar que eu ainda tenho chance. Dizem que, enquanto existe vida, existe esperança. Quero ter essa esperança. Ei! Menino. Me traga de volta o que eu perdi. Eu não abandonei, eu realmente perdi, e sinto muita falta. Sinto falta

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