A vida não é uma poesia, ela não é um soneto de Shakespeare, ela não é uma beleza. A vida é um tipo de castigo, mas sem ajoelhar-se nos grãos de milho ou caroços de arroz. Ela tem seu brilhantismo, tem gosto de vinho, aroma de perfume que se espalha pelo ar. A vida é feia sim, feia, porque fica fingindo ser o que não é de fato. Talvez, ela seja o que mostra, mas não consegue que vejam isso, vai saber. Apesar dela ser esse castigo, ou pseudo-castigo, a coitada dá uns presentes bons durante a estadia que passamos nela. Por exemplo: ela te dá alguém para amar, te dá sonhos, te dá uma certeza. Acho que o mais importante que ela nos dá, é essa certeza, uma certeza que esse castigo vai acabar, e quando acabar... a gente vai poder ter a chance de fazer melhor, fazer bem feito, fazer diferente, em outro lugar.
(13:53)
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